Re: Urtistan e as Areias do Tempo

por Bivi Seg Fev 17, 2014 8:08 pm

— Se ele estivesse vendendo por um preço justo eu não me importaria. — Comentou, em seguida entregando a garrafa para Gisele.

por Hack Seg Fev 17, 2014 8:15 pm

Ela toma a garrafa nas mãos e toma um gole timidamente. Apesar da bebida ser doce, seu teor alcoólico era alto e, não acostumada a beber, aquilo queimou sua garganta. Gisele faz uma careta e balança a cabeça, soltando também um grunhido estranho.

— AAH, QUE BEBIDA FORTE!! — ela geme, devolvendo a garrafa para Rayne.

por Bivi Seg Fev 17, 2014 8:25 pm

Rayne sorriu, já esperando uma reação similar. Ele pegou a garrafa de volta, bebendo como se fosse água.

Já fazia um tempo que o pirata não bebia rum. Era muito bom sentir aquele gosto novamente.

— Isso é o que mais consumimos no mar. — Rayne comentou, parando de beber momentaneamente.

por Hack Seg Fev 17, 2014 8:31 pm

— Tem um gosto meio adocicado...parece melado. Mas é MUITO FORTE UGH. — ela faz outra careta, a garganta ardendo. Gisele observa o outro virar a garrafa assustada — Rayne, qual é o nome do seu barco?

por Bivi Seg Fev 17, 2014 8:40 pm

— Stormcall. — Respondeu Rayne, dando um meio-sorriso. — É um navio grande.

por Hack Seg Fev 17, 2014 8:46 pm

— Stormcall? — ela sorri, gostando do nome — Que nome legal. Se é grande, aposto que deve demorar um monte para lavar todo o convés. — Gisele tenta abafar a risadinha que dá, imaginando outra vez Rayne segurando um esfregão e limpando um barco.

por Bivi Seg Fev 17, 2014 8:52 pm

— Sim, demorava. — Ele riu, entrando na brincadeira. — Você não vai esquecer disso, não é?

por Hack Seg Fev 17, 2014 8:59 pm

— Nunca. — ela continua rindo por algum tempo, limpando algumas lágrimas dos olhos — Você deve ter alguém para lavar o convés no seu lugar agora, imagino.

por Bivi Seg Fev 17, 2014 9:03 pm

— É claro. Geralmente são garotos da idade que eu tinha quando fazia isso. — Deu de ombros.

por Hack Seg Fev 17, 2014 9:19 pm

— Sei. Aposto que deve ter muitos tripulantes num navio tão grande. — ela fica em silêncio por alguns segundos, pensativa — Sem contar os lavadores de convés, deve ter um cozinheiro também, não é? E também um médico para cuidar de tanta gente.

por Bivi Seg Fev 17, 2014 9:37 pm

— Sim. Mas não espere um banquete. — Ele sorriu, lembrando das comidas servidas no navio. — Não temos um médico, nos viramos do jeito que podemos. Um médico provavelmente morreria rápido em lutas, a menos que fosse alguém que soubesse se defender.

por Hack Seg Fev 17, 2014 9:58 pm

Gisele surpreende-se pelo fato de não haver um médico à bordo. Acreditava que ter alguém para cuidar da saúde e de possíveis ferimentos era algo indispensável à uma tripulação, mas compreendeu o ponto de Rayne. Mesmo um médico não passa de um fardo se não souber lutar ou ao menos se defender. Ela fita o chão por um momento antes de responder.

— Entendo...hã, Rayne, será que já está na hora de voltarmos? Lembro que pediram para procurarmos suprimentos e comida. Poderíamos aproveitar que estamos aqui e comprar algo para comer.

por Bivi Seg Fev 17, 2014 10:12 pm

— Vamos voltar então. No caminho para a torre tem algumas tendas que vendem comida. — Disse Rayne. — Precisamos mesmo comer.

por Hack Seg Fev 17, 2014 10:25 pm

Ela assente a cabeça.

— Poderíamos comprar pão e um pouco de queijo e presunto. Não deve ser difícil de achar. — Gisele verifica sua bolsa — Tenho dinheiro também, mas se conseguirmos barganhar seria ótimo.

por Bivi Seg Fev 17, 2014 10:28 pm

— Vou ver se consigo fazer isso. — Rayne pensava que barganhar seria fácil. Já havia enrolado várias pessoas antes; não seria muito diferente. — Mas você também poderia usar esse rostinho de boneca para tentar pedir um desconto. Facilitaria pro meu lado.

por Hack Seg Fev 17, 2014 10:38 pm

— S-Se você diz, ficarei feliz em ajudar. — Gisele gagueja, extremamente encabulada e corada — V-Vamos então?

por Bivi Seg Fev 17, 2014 10:42 pm

Assim, Rayne começou a andar na direção de uma loja que havia visto antes. Ele continuava falando com Gisele pelo caminho, as vezes tomando um gole da garrafa de rum.

— É fácil, é só fazer uma carinha triste e fingir que está passando muita fome. Se eu fosse você, iria conseguir várias coisas de graça só desse jeito. — Ele riu.

por Hack Seg Fev 17, 2014 10:50 pm

Gisele não gostava da ideia de enganar ou se aproveitar dos outros, mas se era para ajudar a conseguir comida para o grupo estava disposta a fazer qualquer coisa.

— Você acha que vai dar certo? E-Eu nunca fiz isso antes. — ela admite, começando a ficar nervosa.

por Bivi Seg Fev 17, 2014 10:59 pm

Já mais perto da loja, Rayne olhou para o balcão com os alimentos. Pães e bolos diversificados estavam expostos para as pessoas comprarem. Ele voltou a fitar Gisele.

— Diga que não tem muito dinheiro. Invente uma desculpa. — Ele parou de falar, pensativo. — Na verdade, o melhor jeito de fazer isso é se você realmente não tiver dinheiro.

Dito isso, Rayne aproveitou o momento de distração e tomou a bolsa de Gisele, a empurrando na direção da loja. Sem carregar dinheiro, seria mais fácil de mentir. O pirata se fundiu na sombra de Gisele, esperando que ela fizesse a negociação.

por Hack Seg Fev 17, 2014 11:08 pm

— E-Ei, minha bol... — empurrada por Rayne, Gisele se vê cara a cara com o vendedor da loja. Suas mãos começam a tremer e ela tenta disfarçar dando uma olhada nos pães. Por fim, ela diz numa voz fraca — B-Boa tarde, senhor. Seus pães parecem deliciosos. E-Eu gostaria de c-comprar alguns m-mas...mas... — Gisele se enrola com a língua, ficando ainda mais nervosa. Ela começa a lacrimejar e fica parada na frente da loja que nem uma estátua.

por Bivi Seg Fev 17, 2014 11:11 pm

O homem ergueu uma sobrancelha, esperando com que Gisele falasse mais alguma coisa. Ele parecia ter cerca de cinquenta anos e ajeitava os óculos constantemente no rosto.

— Qual o problema, moça?

por Hack Seg Fev 17, 2014 11:23 pm

— É...o s-senhor, é, veja bem...e-eu e minha família estamos vagando pelo arredores daqui p-porque perdemos nossa casa. E-Eu sou a mais velha d-dos irmãos e trabalho bastante para tentar sustentar todos e eu vinha aqui comprar um p-pãozinho para meus irmãozinhos quando...quando um ladrão muito malvado roubou minha bolsa de mim, onde tinha meu suado dinheirinho...ele levou minha bolsa e fugiu e agora eu não tenho mais dinheiro para comprar nem um pãozinho de trigo para meus irmãozinhos... — Gisele começou a soluçar, não para tentar convencer o lojista mas sim de tanto nervosismo. Não demorou muito para ela começar a chorar — E-Eu podia tá roubando e matando, mas eu estou aqui na humildade pedindo um pãozinho para meus irmãozinhos...s-se o senhor pudesse me ajudar, eu ficaria muito grata, muito grata mesmo. E-Eu não sou ladrão nem bandido, sou trabalhadora honesta que foi vítima de um safado sem sentimentos que levou minha bolsa e meu dinheirinho...eu não quero prejudicar o senhor nem seu estabelecimento, só estou pedindo um pouco de pão, se eu tivesse dinheiro...eu juro que lhe pagaria, m-mas como eu disse, fui roubada e perdi tudo, tudinho...

por Bivi Seg Fev 17, 2014 11:30 pm

O homem coçou a nuca, sentindo pena de Gisele. Ela não parecia estar mentindo; não se humilharia assim caso tivesse dinheiro. O vendedor suspirou.

— Bem, irei lhe ajudar. — Ele separou alguns pães em uma trouxinha de pano. Havia pelo menos um pão para cada membro do grupo. — Esses aqui são pães de ontem. Não estão tão quentes e macios, mas ainda estão bons. — Ele entregou a trouxinha para Gisele. — Boa sorte com a sua família.

por Hack Seg Fev 17, 2014 11:38 pm

Surpresa por ter conseguido alguns pães afinal, Gisele pega a trouxinha com cautela, as mãos trêmulas.

— Muito, muito, muito obrigada mesmo, senhor! E-Eu e meus irmãos seremos eternamente gratos por isso e poderemos ir dormir de barriga cheia hoje. Que Deus te abençoe por isso... — ela dá um pequeno sorriso e sai da loja, afastando-se dali com medo de ser descoberta — O senhor já pode sair daí e devolver minha bolsa. — Gisele resmunga, visivelmente irritada.

por Bivi Seg Fev 17, 2014 11:46 pm

Rayne saiu da sombra, aparecendo atrás de Gisele.

— Viu? Deu certo. Você poderia fazer isso mais vezes... — Deu um sorriso malicioso, imaginando a garota como um meio de conseguir comida. Ele segurava a bolsa dela como se fosse um objeto de chantagem.

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