Urtistan e as Areias do Tempo

por **John** Dom Fev 16, 2014 11:49 am

Urtistan

Antes uma grande e próspera utopia, agora se encontra reduzida à montes de pedras e terra. Urtistan praticamente desapareceu do mapa de Valoran. A planície seca e sem vida fica ao sul da Grande Barreira e nas proximidades do deserto de Shurima, ainda com cicatrizes de Guerras Rúnicas do passado. O único indício que ali já houve uma grande civilização é a grande torre do relógio, mantida intacta até pela magia devastadora que engoliu a cidade.

por **John** Dom Fev 16, 2014 12:06 pm

O único sinal que indica que eles chegaram na cidade é a grande torre do relógio, abandonada há séculos. Até mesmo as ruínas da antiga cidade já haviam sido engolidas pela areia ou levadas pelos fortes ventos.

— Pelo menos dessa vez não temos muito onde procurar – diz Ruffos. – O altar só pode estar dentro da torre.

por Gian Dom Fev 16, 2014 12:16 pm

Aaron acompanhava o grupo, sempre silencioso. Ele não tinha nada contra o grupo, mas preferia não chamar muita atenção. Era tímido demais para querer falar com os outros.
Ele ouve Ruffos e concorda com um simples aceno da cabeça.

por Bivi Dom Fev 16, 2014 12:21 pm

Rayne observava o local totalmente deserto. Não havia nada de interessante em Urtistan; não era à toa que o pirata nunca quis ir para lá. Até agora, não havia falado muito.

Como Ruffos disse, pelo menos agora não teriam que procurar pelo altar.

por Hack Dom Fev 16, 2014 12:22 pm

Gisele fita a torre surpresa. Não imaginava encontrar alguma coisa de pé ali, muito menos algo daquela magnitude.

— Mas que engraçado só a torre do relógio continuar de pé! Bem, pelo menos sabemos onde procurar. — ela ri, animada.

por **John** Dom Fev 16, 2014 1:06 pm

Sem enrolar muito sob o sol escaldante e os ventos fortes, o grupo entra na torre do relógio e já se depara com uma escadaria em espiral.

— Fiquem de olho – avisa Kaliha. – Qualquer detalhe que chame a atenção pode ser útil na hora de encontrar o altar.

O interior da torre é bem rústico, com paredes de pedras antigas e sustentadas em madeira velha. Tudo era sujo de areia e com densas teias de aranha preenchendo os cantos. A escadaria também era de madeira e rangia a cada passo.

Eles começam a subir os degraus assim que entram, com Gregor, Tarnia e Kaliha na dianteira. Tarnia sofria leves espasmos durante a caminhada, quase caindo da escada por um momento.

por Hack Dom Fev 16, 2014 1:17 pm

Gisele segue o grupo e entra dentro da torre, tossindo um pouco por causa de tanto pó e sujeira. Ela ignora o rangido dos degraus e sobe as escadas logo após Kaliha, assustando-se com o estado de Tarnia.

— Você não me parece bem. Não está conseguindo respirar direito? — ela pergunta, aproximando-se de Tarnia preocupadíssima.

por Bivi Dom Fev 16, 2014 1:22 pm

Rayne subia os degraus, desviando de algumas teias de aranha do caminho. Ele se perguntava como aquela torre ainda estava em pé, pensando que tudo poderia desabar a qualquer momento.

por Gian Dom Fev 16, 2014 1:33 pm

Aaron entra na torre cuidadosamente, desviando das teias de aranha. Ele observa Tarnia mas não faz nada para ajudá-la, visto que Gisele já o fez.

por **John** Dom Fev 16, 2014 2:15 pm

— Não, está tudo bem – diz a garota, de olhos fechados, como se enfrentasse uma dor de cabeça. – Só estou meio zonza. Deve ser a arid-

E num instante, tudo muda. A garota geme e libera um grito em seguida a visão de todos fica meio turva. Quando tudo parece normal, Ruffos prende o ar, provocando um som que chama a atenção. Tudo mudou. As paredes abandonadas e a madeira velha estão renovadas, como se o prédio ainda estivesse em funcionamento e sendo cuidado diariamente. O piso de madeira dos degraus brilhava com o verniz fresco que exalava um odor forte.

por Hack Dom Fev 16, 2014 2:22 pm

— Ah! O que aconteceu?? — ela exclama, observando o estado da torre. Não havia mais poeira nem teias de aranha, tudo estava implacavelmente limpo e novo. — Tarnia?! O que houve?? — Gisele aproxima-se mais e segura a menina nos braços, temendo que ela caísse outra vez.

por Bivi Dom Fev 16, 2014 2:28 pm

Rayne olhou ao redor um tanto confuso. Não entendia muito sobre magia, mas sabia que Tarnia havia feito algo com a torre.

— O que houve? — Sua pergunta foi direcionada a Tarnia. Esse deveria ser o estado da torre antes da cidade ser destruída. Talvez aquilo fosse uma ilusão, mas era algo improvável. Ao pensar em outra hipótese, o pirata engoliu em seco. — Nós não voltamos no tempo, não é?

por Gian Dom Fev 16, 2014 2:39 pm

Aaron de início fica confuso, observando ao redor.

por **John** Dom Fev 16, 2014 6:04 pm

— Não, não, não, não... – grita Tarnia, se jogando de joelhos ao chão enquanto puxava os longos cabelos negros. – Aconteceu de novo... É que esse lugar.... – a garota chorava e ignorava tudo ao seu redor, sendo atormentada mentalmente.

— O que tá acontecendo aqui? – pergunta Ruffos, claramente preocupado com a garota.

— Eu tenho a habilidade de mover pelo espaço – começa Disséia. – Tarnia pode voltar no tempo. E, com voltar, eu quero dizer: voltar. Apenas voltar. Estamos presos em outra época.

— E a julgar pelo estado da torre, uma época em um passado bem longínquo... – nota Ruffos.

por Bivi Dom Fev 16, 2014 6:05 pm

Como Rayne havia imaginado, Tarnia realmente havia feito eles voltarem no tempo. E era de longe a pior das hipóteses que considerou.

— Ótimo. E agora?

por Hack Dom Fev 16, 2014 6:40 pm

Gisele assusta-se com a realização de terem voltado ao tempo, mas decide permanecer calma e ajudar Tarnia que por sinal não parecia nada bem. Ela se agacha ao lado da menina, mas não a toca com medo de piorar a situação.

— Calma, Tarnia. Fique calma. — ela pede gentilmente.

por **John** Seg Fev 17, 2014 9:49 am

Lentamente, Tarnia vai acalmando e se recompõe. Ela agradece Gisele com uma tentativa de sorriso.

— Ei, escutam? – pergunta Ruffos, com as orelhas em pé e alertas. – Ele sobe alguns degraus da escada rapidamente até chegar em uma pequena janela, tendo que ficar na ponta das patas para conseguir alcançá-la. – Tem pessoas lá fora! Aliás, muitas pessoas. A cidade está intacta e cheia de gente. Voltamos, no mínimo, cinco milênios no passado.

— Isso já aconteceu antes, Tarnia? – pergunta Kaliha. A garota apenas se encolhe e não responde. Disséia responde em seu lugar, trocando os papéis. Tarnia, que costuma ser mais brincalhona e faladeira, agora está quieta. Disséia precisa então deixar a timidez de lado e responder.

— Sim, duas vezes – responde a garota.
— E como fizeram para voltar para o futuro?
— Não fizemos. Estamos constantemente voltando para o passado.

— E de que época vocês são originalmente? – pergunta Ruffos, curioso.
— A última vez que Tarnia voltou no tempo, o dia ficou escuro e as trevas tomaram conta de Valoran. Chuvas de magia incendiaram os campos e as cidades já não eram seguras. Nós viemos do dia negro – revela Disséia, pela primeira vez. – Tarnia ficou desse mesmo jeito, sentindo tonturas e gritando, assim que tudo começou. Até que um dia, enquanto nós e nossa avó procurávamos abrigo, Tarnia nos teleportou para o passado. Era a nossa chance de tentar consertar o futuro.

A revelação deixa o ambiente em total silêncio por alguns instantes.

por Hack Seg Fev 17, 2014 10:24 am

Tirando um lenço da bolsa, Gisele seca o rosto de Tarnia suavemente, ficando surpresa com a revelação.

— Voltamos cinco mil anos no tempo? — ela diz, a voz ficando fraca — Vocês são do futuro? Não me diga que no futuro Valoran foi toda destruída e... — Gisele perde a voz, não apenas confusa mas também muito assustada.

por **John** Seg Fev 17, 2014 10:29 am

— Eu não sei – diz a garota, que parecia tensa. – Mas quando o dia virou noite, tudo pareceu acabar. Tivemos dois dias de silêncio absoluto. As pessoas apenas temiam, mas não se sabia o que fazer. Até que as chuvas chegaram e incendiaram tudo. O povo da nossa vila tentou buscar abrigo nas cidades vizinhas, mas só encontrava ruína para onde quer que fosse. Se tenho certeza de algo, é que o futuro que deixamos para trás é horrível e sem esperança.

Os olhos da garota pareciam fixos enquanto ela falava, sem olhar para ninguém em específico. Era como se ela relembrasse todos os horrores que presenciou enquanto contava sua história.

por Hack Seg Fev 17, 2014 11:05 am

Gisele baixa o olhar e fica em silêncio, apreensiva. Tentava digerir tudo aquilo; era apavorante pensar que tudo havia sido destruído no futuro e ainda mais apavorante pensar que ficariam presos naquela época, milênios atrás.

por Bivi Seg Fev 17, 2014 11:09 am

Rayne escutava a explicação de Disseia.

— Então estamos presos aqui para sempre. — Concluiu, cruzando os braços. — Melhor se preparar para a guerra rúnica. — Disse sarcasticamente.

por **John** Seg Fev 17, 2014 11:35 am

— Não, não! – diz Ruffos, balançando a cabeça negativamente. – Vamos encontrar uma saída. Tarnia não pode ser a única maga do tempo. Precisamos sair dessa torre e buscar ajuda. Voltaremos para nosso tempo, tenho certeza.

O grupo deixa a torre do relógio e encontra uma cidade cheia e vibrante. Uma antiga potência mercante do sul, Urtistan é movimentada e tem dezenas de barraquinhas por todas as ruas, com mercadores tentando vender desde frutas e camelos à pergaminhos e artefatos de magia arcana.
A arquitetura era toda em barro e argila, com raras peças de madeira. As vestimentas das pessoas da cidade era a tradicional de povos do deserto, com roupas fechadas e de tecido leve. A torre do relógio era ainda o monumento mais sofisticado e que chamava mais atenção em toda a cidade.

— Frutas fresquinhas de Kalamanda! – grita uma mulher bem gorda e com roupas coloridas.

— Seda da mais pura e nobre, diretamente dos ateliês dos Lunari! – grita outro mercador.

— Vou ir em busca de vendedores de magia arcana pela cidade com Disséia e Tarnia. Gregor, preciso de sua ajuda também – diz Kaliha, em um tom autoritário. A gárgula, convocada, a segue. – Quanto ao resto... Tentem não entrar em confusão. Procurar abrigo para a noite e suprimentos seria uma boa.

A mulher então parte em busca de ajuda.

por Bivi Seg Fev 17, 2014 12:14 pm

Era um tanto engraçado observar a cidade de Urtistan. Eles tinham acabado de passar por um lugar deserto, mas agora vivenciavam o oposto disso.
A movimentação fez Rayne se lembrar de Bilgewater; a diferença era que a cidade dos piratas tinha muito mais confusão e correrias. Entretanto, os vendedores eram praticamente a mesma coisa.

Rayne olhou para o resto do grupo.

— Um ponto de encontro na torre seria uma boa. — Sugeriu. — Vou dar uma volta.

Assim, ele começou a andar pelo local, observando as lojinhas.

por Hack Seg Fev 17, 2014 3:44 pm

Extremamente surpresa com a transformação que a cidade havia passado, Gisele fica de queixo caído com as pessoas e o movimento das ruas. Era tantas barraquinhas e tantos feirantes que provavelmente acabaria se perdendo se decidisse se aventurar sozinha. Vendo que Rayne estava à caminho do mercado, ela corre para acompanhá-lo.

— Indo às compras? — ela pergunta com um sorriso enorme no rosto.

por Bivi Seg Fev 17, 2014 3:46 pm

— Vou ver o que tem por aqui. A princesa quer companhia? — Rayne perguntou com um sorrisinho sacana.

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