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Urtistan e as Areias do Tempo

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Urtistan e as Areias do Tempo - Página 5 Empty Re: Urtistan e as Areias do Tempo

Mensagem por Bivi Qua Fev 19, 2014 1:44 pm



— E quem é essa pessoa? — Rayne quis saber.

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Mensagem por Hack Qua Fev 19, 2014 1:46 pm




— Ah, olá para vocês! — Gisele sorri com a aparição de Kaliha e os outros — Então tudo que precisamos fazer é subir as escadas e voltaremos para o nosso tempo? O que estamos esperando então? — ela diz animada, já se colocando de pé.

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Mensagem por Caio Qua Fev 19, 2014 1:48 pm




— Será que essa pessoa vai querer nos ajudar?



Última edição por Caio em Qui Fev 20, 2014 3:44 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por John Qua Fev 19, 2014 2:53 pm




— Dizem que é o homem que faz a manutenção dos relógios na cidade – explica Kaliha. – Ficou louco com as engrenagens e badaladas, mas parece saber tudo sobre o tempo. Ah vai, e como! Vai querer nos ajudar de bom grado! – a mulher então bate a parte de trás de seu machado na mão, insinuando algo.

Já no topo da torre, eles entram na sala e se deparam com um grande sino em seu centro. Por trás dele, era possível ver um par de pés batendo em sincronia com os tique-taques dos ponteiros.

— Tique-taque, tique-taque, tique-taque – repete a voz.
— Olá – cumprimenta Kaliha. – É você o mago do tempo?

Os pés disparam e o homem se revela pro trás do sino. Tinha barba e cabelos castanhos bem espessos, vestes acinzentadas e largas, pés descalços e olhos que se movimentavam rapidamente para direções aleatórias.

— Vocês não podem mexer com o relógio. Mas já o fizeram. TIQUE-TAQUE, TIQUE-TAQUE, TIQUE-TAQUE! – o homem surta, batendo sua cabeça no grande sino.

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Mensagem por Bivi Qua Fev 19, 2014 2:54 pm



Rayne ergueu uma sobrancelha ao ver o velho. Aquilo parecia ser perda de tempo.

— Estou vendo a ajuda. — Comentou sarcasticamente.

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Mensagem por Hack Qua Fev 19, 2014 2:59 pm




Gisele fica espantada com a reação do homem.

— O senhor está bem? — ela pergunta, preocupada.

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Mensagem por Caio Qua Fev 19, 2014 3:00 pm




— Esse é o cara que vai nos ajudar?



Última edição por Caio em Qui Fev 20, 2014 3:44 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por John Qua Fev 19, 2014 3:31 pm




— Ei! – diz Ruffos, correndo para o sino logo em seguida. O dispositivo brilhava quando o homem o cabeceava. Logo, o yordle aponta as runas que não brilhavam junto com o resto do sino; elas faziam um circulo ao redor dele, como em um altar.

— Achamos! – exclama Tarnia.

— Não brinquem com o tempo!!! – grita o homem, que começa a tremer rapidamente e a mudar de aparência. Sua barba e cabelos castanhos se tornam brancos e seus olhos ganham um brilho intenso. Ele flutua no ar por alguns instantes e em seguida rejuvenesce para a ainda mais jovem que antes, com uma barba e cabelos curtos. Ele cai no chão, inconsciente.

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Mensagem por Bivi Qua Fev 19, 2014 3:38 pm



— Será que ele não pode falar algo mais útil do que isso? — Rayne observou o homem agora inconsciente. Ele cruzou os braços. — Só falta o véio ter morrido agora.

A mudança de aparência do homem foi algo estranho e inesperado. Pelo menos a vinda deles ao topo da torre não fora inútil, pois haviam conseguido destravar o altar.

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Mensagem por Hack Qua Fev 19, 2014 3:42 pm




Voltando o olhar para o sino, Gisele se surpreende ao perceber que o altar estava logo em sua frente. Ela observa a transformação do homem boquiaberta, correndo para socorrê-lo logo que ele cai no chão.

— Ele desmaiou. — Gisele afirma, colocando a cabeça do outro em seu colo. Ela continua fitando seu rosto, incrivelmente surpresa com a transformação que o homem tinha passado.

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Mensagem por John Qua Fev 19, 2014 3:49 pm




Ruffos se aproxima lentamente do homem, para tentar socorrê-lo, mas é pego de surpresa quando quilos e mais quilos de areia começama sair de dentro do sino. O yordle salta em surpresa, se escondendo atrás de Kaliha. E então, "BLAM", a porta se fecha atras deles. A areia enche o lugar rapidamente, já chegando na altura da canela deles.

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Mensagem por Hack Qua Fev 19, 2014 3:55 pm




— A-Areia? — Gisele levanta-se do chão e tenta levantar também o homem. Ela começa a ficar apreensiva, a areia subindo cada vez mais rápido.

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Mensagem por Bivi Qua Fev 19, 2014 3:55 pm



A areia subia cada vez mais. Rayne olhava ao redor, procurando alguma maneira de escapar. Qualquer tentativa de fuga seria válida, embora não existissem muitas alternativas.

— Já pensei que eu poderia morrer afogado no mar, mas não em areia. — Ele comentou, bufando.

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Mensagem por John Qua Fev 19, 2014 5:48 pm




Quando já pensavam que seriam engolidos pela areia, ela para de vir. E então acontece. A areia se desgruda dos corpos dos escolhidos e começa a se mover, criando redemoinhos que logo vão tomando formas de montes de areia. A sala vai se esvaziando de areia enquanto essa se reúne em pontos na frente de cada um. Por fim, pareciam ter criado esculturas de areia. Esculturas com formas e rostos familiares. E, mais uma vez, a magia do altar adora controlar esculturas.


Luta - VS Faces de Areia


A areia toma a forma de algum conhecido/parente da vítima. Esse alguém irá assombrar o personagem sobre seu passado. Relembrará seus erros e o encherá de culpa em uma tortura psicológica. A areia e modelável e pode esticar braços e pernas para desferir golpes; não sente nada quando é atravessado.

A única forma de destruí-los é superando esse acontecimento. Se perceberem que são inúteis, eles se desfazem.
Batalhas com armas e poderes podem ser travadas, mas tendo em visto o espaço limitado da sala do sino. O sino também deve permanecer intacto.

Dica: Batalha para desenvolvimento de background story. Utilize alguém que seu personagem prejudicou/deixou de ajudar/decepcionou/maltratou/matou. Alguém que o faria se arrepender de se lembrar de algum feito.
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Mensagem por Hack Qui Fev 20, 2014 12:58 pm




Repentinamente, a areia que quase cobria Gisele se afasta dela, juntando-se e começando a tomar forma. Aos poucos, a imagem de uma mulher é criada. Era muito parecida com Gisele, quase uma cópia: o mesmo rosto, os mesmos olhos, os mesmos cabelos, as mesmas roupas. Assim que a garota reconhece a mulher ela dá um pequeno grito, cobrindo a boca e começando a chorar. Aquela era sua mãe.

Gisele fica estática, apenas encarando a figura de areia. Ela sabia que aquilo não podia ser real, mas no momento em que viu sua mãe as memórias de sua morte voltaram com tudo à sua mente. Gisele começa a se sentir fraca e a tremer, sem saber o que falar ou o que fazer, igual à quando presenciou a morte da mãe.

— G-Gisele... — a mulher geme, chamando a garota. Ela então solta um grito agonizante e se contrai de dor. Aquilo faz Gisele chorar ainda mais, balançando a cabeça para os lados e fechando os olhos sem querer ver aquilo. A escultura a chama novamente — G-Gisele...AAH!!

Com o grito Gisele se encolhe, cobrindo os olhos encharcados de lágrimas.

— Nãonãonãonão... — a garota começa a murmurar para si mesma, recusando-se a olhar a mãe. Nisso a figura grita novamente, fazendo o coração de Gisele quase pular de seu peito. Instintivamente ela descobre os olhos e acaba enxergando a escultura de areia que cai no chão se contorcendo de dor.

— Você só vai ficar olhando sua mãe morrer...? — a mulher geme, ainda no chão — Como você é fria. E ainda diz que quer ser uma médica e ajudar as pessoas... — a escultura ri, debochada, mas logo solta outro gemido de dor.

— E-Eu...eu... — Gisele continua no mesmo lugar, fitando a mãe. O que ela tinha dito acabou atingindo Gisele em cheio, fazendo-a cobrir o rosto outra vez. Vendo que estava conseguindo atormentar a garota, a escultura decide continuar falando.

— Mas que filha inútil. Só sabe chorar, e chora o tempo todo. Você acha que chorar vai adiantar alguma coisa? Vai ajudar alguém? Você é tão irritante. Você e seu choro. — a mulher suspira pesadamente — Quer saber, porque você não se afoga nas suas lágrimas e morre logo?

— E-Eu...eu sinto muito... — a garota murmura, soluçando. Gisele tenta parar de chorar, em vão. Era muito doloroso ouvir aquilo de sua mãe, ter seus medos e defeitos apontados por uma pessoa tão próxima e amada.

— Sente muito? Você sente muito pelo quê? Por ser uma imprestável? Por não conseguir salvar nem a própria mãe?

— Me desculpe...e-eu não sabia o que fazer...

— Uma filha que criei com tanto carinho e dedicação... — a mulher diz como se estivesse realmente magoada, decepcionada — Mas no final, nem se importava comigo. Só ficou quieta observando a mãe gritar e morrer.

— EU SINTO MUITO!! — Gisele grita numa voz desafinada, não aguentando mais tanto sofrimento. Ela continuava cobrindo os olhos e chorando, trêmula — E-Eu sinto muito...eu não pude fazer nada. Foi tudo tão...tão repentino. Você estava sempre sorrindo e fazendo tudo sem reclamar, eu nunca soube que por trás daquele sorriso você estava sofrendo e morrendo...se eu tivesse prestado atenção, se eu tivesse descoberto como você se sentia eu...eu faria de tudo para te ajudar, para te salvar. — ela para de falar, o peito ardendo. Gisele tenta recuperar o fôlego, continuando a falar com dificuldade e por entre as lágrimas — Quando você desmaiou, eu fiquei com tanto medo. Eu não sabia o que estava acontecendo. Foi tão...de repente. Papai entrou em desespero, sem saber o que fazer. Apesar disso, você insistiu em continuar sorrindo...você dizia que não era nada, que tudo ia acabar bem, mas não acabou bem. Você morreu. Você morreu e eu não pude fazer nada. E-Eu...eu estava tão assustada que nem consegui dizer que te amava, eu só conseguia chorar... — a garota faz uma pausa, sem ar — Se eu pudesse voltar o tempo...se eu soubesse que tinha o poder de curar as pessoas talvez eu tivesse conseguido te salvar. Talvez você estivesse viva agora, talvez nós duas poderíamos trabalhar juntas no hospital ajudando as pessoas. Talvez papai não estaria doente agora, talvez nós continuaríamos sendo uma família feliz e aconchegante. Mas...mas eu não posso fazer nada. Eu não posso voltar o tempo. Eu não posso te salvar. Eu não posso nem mais dizer que eu...que eu te amo. E-Eu sinto muito. Eu sinto muito mesmo...

Gisele perde a voz, chorando e tremendo descontrolada. A escultura apenas observava a garota, escutando tudo o que ela falava. Se dando por vencida, a mulher de areia começa a se desmanchar, mas antes chama por Gisele que levanta a cabeça e a olha.

— Tudo bem, querida. Vai ficar tudo bem. — ela sorri, virando um monte de areia. Aquilo faz Gisele gemer e se contrair de dor ao ouvir as palavras que a mãe disse logo antes de se desfazer em cinzas. A garota se encolhe e abraça os joelhos, continuando a chorar.


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Mensagem por Bivi Qui Fev 20, 2014 1:45 pm



Um monte de areia foi se erguendo na frente de Rayne. Ele deu um passo para trás e pegou as adagas, se preparando para uma possível luta. Mas algo que não esperava era que a areia assumisse a forma de um humano.

Ali na sua frente estava o homem que costumava ser o capitão de seu navio. Garrick havia sido um pai para Rayne até o dia de sua morte, sempre o ajudando e o encorajando a seguir o seu sonho de ser um pirata. Vê-lo naquele momento fez com que Rayne ficasse boquiaberto, momentaneamente sem palavras.

— Não esperava ver você de novo, Rayne. — O homem disse. Aquele tom de voz era frio e rancoroso, algo muito diferente do usual. — Não depois do que aconteceu.

— Não. — Rayne se afastou mais. — Você não é real.

— Tem razão. — O Garrick de areia concordou, fitando o chão. Logo em seguida, seu olhar retornou ao rosto do outro. — Mas o que você fez a mim é. Ou você já se esqueceu?

Rayne negou com a cabeça, tentando se livrar daquelas memórias. Mas era inevitável; ele sabia muito bem o que havia acontecido há três anos atrás.

Era uma noite calma no oceano. A tripulação inteira dormia com o silêncio, mas isso mudou de uma hora para a outra.
Tiros de canhão acordaram a todos. Rayne observou a movimentação repentina, confuso por ter acabado de acordar.

— Estamos sendo atacados! — Gritou alguém.

E nisso se iniciou a confusão. Os piratas saíam rapidamente do dormitório para defender o navio, pegando as suas armas o mais rápido possível. Rayne logo fez o mesmo, indo até o convés pronto para lutar.
Chegando lá, era possível enxergar um outro navio ao lado deles. Os tiros de canhão persistiam, produzindo um som alto ao atingirem a madeira do alvo.
Invasores passavam de um navio para o outro com a ajuda de cordas. Uma luta constante era travada no convés, com pessoas gritando e morrendo. O som de espadas colidindo e gritos de dor era a única coisa que se ouvia. Não demorou muito e uma chuva se iniciou, apenas piorando a situação. Agora, relâmpagos clareavam o céu escuro.

Rayne lutava ao lado dos seus aliados. Desferia cortes rápidos e precisos com as suas adagas, mas um grito agudo de dor fez ele se desconcentrar. Olhando na direção do som, pode ver que o capitão lutava sozinho contra três homens no leme do navio. Rayne correu para lá.

— Rayne! — Garrick exclamou. Sua perna havia recebido um corte profundo, sangrando de forma perturbadora. — Me ajude aqui!

Sem questionar, o garoto obedeceu. Após lutar por mais algum tempo, os homens perceberam que iriam perder e decidiram fugir, deixando apenas Rayne e Garrick no leme do navio. Quando Rayne olhou para trás, enxergou o capitão sentado no chão. Ele se escorava na madeira, pressionando o ferimento de sua perna. O pirata mais jovem foi até ele.

— Precisamos voltar para Bilgewater e curar isso. — Disse Rayne, tentando manter a calma. O corte era feio e o sangue que escorria do mesmo já havia sujado grande parte da calça de Garrick.

— Não, Rayne. — O outro respondeu. — O cara que me atingiu... A sua espada era envenenada. Posso sentir isso. Irei morrer de qualquer jeito, seja por hemorragia ou envenenamento.

— Cale a boca. Você vai sobreviver. — Embora não soubesse como, Rayne apenas se agarrava ao fato de que Garrick iria permanecer vivo.

— Se você realmente quer me ajudar.. — Prosseguiu o outro. — Me mate.

— Não! — Rayne exclamou. — Não posso fazer isso!

— Ah, Rayne. — Garrick deu um riso abafado, seguido por tosse. — Precisa aceitar que eu estou morrendo. Você me fará um favor ao me matar. Pode espernear o quanto quiser, mas no fundo você sabe que isso é verdade.

— Mas você é o capitão. Não existe um navio sem um líder.

— É por esse motivo que você será o próximo capitão. — Rayne realmente não esperava por essa. Garrick continuou antes que fosse interrompido. — Eu sei que você irá tomar conta de tudo. Você é como o filho que eu nunca tive e fico feliz de morrer sabendo disso.

Rayne chorava. Fitava o chão, sem acreditar em nada do que se passava.

— Faça o que tem de ser feito. Me mate. — Garrick insistiu. Sem obter resposta, o capitão puxou a mão de Rayne, trazendo-a juntamente com uma adaga ao seu pescoço. — Isso é uma ordem!

O garoto segurava a adaga, mas nenhuma ação era tomada. Ele simplesmente estava imóvel.
Quando menos esperava, Garrick puxou a adaga para a sua garganta. A lâmina perfurou a pele profundamente, fazendo sangue jorrar em Rayne. Ele gritou desesperado, mas nada podia ser feito.

Ele retirou a adaga do pescoço do homem. Chorava como nunca havia chorado antes, fitando o sangue presente em tudo: nas suas roupas, nas suas adagas e em suas mãos.


Nunca esqueceria aquele evento, onde havia matado uma pessoa pela primeira vez.

— Você me matou, Rayne. — A escultura de areia acusou. — Você é o culpado.

Rayne fitava o chão de cabeça baixa. Ao lembrar-se do ocorrido, uma onda de culpa e dúvida o fez se sentir horrível. Seus punhos estavam fechados como um sinal de frustração e raiva de si mesmo. Caso tivesse tentado salvá-lo, Garrick não teria morrido. Se tivesse chegado no leme antes, nada disso teria acontecido. Só agora ele havia percebido as lágrimas que escorriam pelo seu rosto.

O boneco de areia esticou o braço direito, atingindo Rayne no estômago. Isso fez com que ele caísse de joelhos pela tamanha força do impacto.

— Como se sente agora que tudo que você tem foi roubado de mim?!

— Nada... foi roubado. — Respondeu, recuperando o fôlego aos poucos.

A escultura de areia se aproximou. O pirata ainda estava vulnerável e dolorido pelo golpe anterior. Desta vez, um soco na lateral de seu rosto fez Rayne perder o equilíbrio e cair no chão. Ele pode sentir sangue escorrendo pelo seu nariz.

— Talvez seja melhor se você morrer aqui mesmo!

— ...Não. — Mesmo machucado, Rayne se levantou com esforço. — Eu não vou morrer.

— Você merece algo pior do que a morte por assassinar o seu capitão. Foi a sua culpa! Você não merece o navio que tem!

Rayne encarava a areia.

— É óbvio que mereço o navio. Eu provei que era digno. — O seu raciocínio estava melhorando. O argumento de que ele não merecia nada fez a sua mente se clarear. Procurou deixar os pensamentos ruins de lado; ele não pôde fazer nada para salvar Garrick. Não fora culpa sua. Obviamente teria tentado algo se pudesse.

A tristeza logo deu lugar a raiva. Rayne havia sido feito de idiota por um monte de areia.

— Eu fiz o que tinha que ser feito. — Disse por fim. — Não me importo se foi certo ou errado, eu tive que fazer isso. E não vou deixar uma pilha de areia me julgar.

Dito isso, a escultura se desfez repentinamente. Rayne não esperava que a escultura iria sumir daquele jeito.

Ele suspirou, limpando o rosto com a manga da camisa, secando as lágrimas e o sangue que havia escorrido pelo seu nariz. Apesar de ter se convencido que a culpa não foi sua, ainda se sentia um tanto triste pela morte de Garrick. Isso era inevitável.

Rayne se escorou na parede, ainda sentindo dor. Permanecia em pé com uma expressão fria, fitando o chão. Não haviam mais indícios de choro no seu rosto.

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Mensagem por Caio Qui Fev 20, 2014 3:37 pm




Rider começa a ver a areia subindo, mas ele continua com sua calma de sempre, mas ele começa a sentir uma coisa ruim aparecendo, fazendo ele perde a sua calma quando vê a areia tomando forma de sua mãe.

— O que isso? Uma ilusão?

Rider fala encarando a pessoa de areia.

— O que foi querido? Porque fugiu de casa?

— Mãe? É você?

Rider fala começando a perder o controle.

— Não brinque comigo!

Rider perde o controle, então vai em cima da estrutura de areia com seu punho fechado e soca com toda a força na cara do monte de areia fazendo um buraco, mas seu ataque não teve efeito.

— Não foi isso que ensinei ao meu filho.

— Cala essa boca! Você não é minha mãe.

Rider começa a atacar com socos, chutes e até com a cabeça na areia com a forma de sua mãe.

— Você está perdendo o controle de seu corpo, tudo porque você fugiu da mansão e das aulas.

Todos os sentimentos de quando era criança voltaram em sua mente. Se lembrando dos difíceis treinos e só querendo sair daquela mansão e saber como era do lado de fora pelo menos uma vez, mas ele também se lembrou dos momentos em família e das histórias de sua mãe que contava para todas as crianças da família, assim ele recuperou sua calma e parando seus ataques.

— Eu sei o que eu fiz foi errado, mas eu só queria conhecer um pouco sobre esse mundo, eu prometo que quando tudo isso acabar eu voltarei pra casa, mas as peças de ouro que eu roubei, não vou devolver.

Rider vira de costa dando um sorriso, a imagem de areia também da um sorriso e se desmancha.
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Mensagem por John Dom Mar 09, 2014 10:38 am



A areia na frente de Ruffos começou a ganhar forma. Em questão de segundos, as partículas de mineral foram recriando a imagem de uma pequena yordle. Ruffos rapidamente a reconheceu como Ophelia Selliphim, sua avó. A estátua media pouco mais que 80cm (um pouco mais baixa que Ruffos) e usava óculos e um cabelo preso em coque.
Seu olhar era severo e encara diretamente os olhos de Ruffos.

— Vovó... – sussurra o jovem yordle com os olhos repletos de lágrimas. – Como?

A idosa não tirava os olhos dele, apresentando um semblante duro e de desaprovação.

— Você fugiu! – gritou. – Você me deixou parar morrer. Eu estava sozinha, sabia? Eu morri sem ninguém ao meu lado. Você sabia que eu estava doente, e mesmo assim...

— Não foi minha culpa! – Ruffos grita, tentando se defender. – Eu fui amaldiçoado. Me expulsaram de Bandle City – o yordle olhou para baixo, encarando suas patas felpudas e com garras. – A maldição me transformou em um monstro. Eu nem sequer posso controlá-lo.

— Mentiroso! – acusa Ophelia, desferindo um tapa no rosto de Ruffos com suas mãos de areia. – Você me abandonou! Você nunca cuidou bem de mim, sempre ficava fugindo e querendo namorar ou brigar por aí, sempre arrumando confusão. Um péssimo neto, isso que você era.
E mesmo assim eu cuidei de você... Essa maldição não te transformou, apenas revelou o que você já era por dentro. Um monstro! – ela continuava a estapeá-lo no rosto. Ruffos permanecia inerte, recebendo os tapas sem reação.

— Não – ele finalmente diz, erguendo a cabeça e interrompendo a mão que o feria. – Esse não sou eu. Eu sempre amei a senhora. A maior dor da minha vida foi ter que partir enquanto você perecia doente. Eu chorava todas as noites, inconsolavelmente. E eu sempre serei grato pelas coisas que você me ensinou, pela pessoa que você me fez ser.
Quando eu era mais novo, me tornar forte e invencível era sim um sonho, mas hoje não passa de um pesadelo. A maldição me tornou destemido e forte. Derrotei todos os inimigos que já enfrentei. Mesmo assim, sei que a força física não é tudo. Sei que a gentileza e a bondade são melhores que a agressividade e a ira. E isso eu aprendi com você. Não você, estátua de areia que se parece com a minha avó; mas com a minha avó de verdade. Obrigado por me fazer lembrar dela e por me dar ainda mais razões para lutar contra a maldição e domar a fera dentro de mim. Eu juro que vou conseguir e a farei orgulhosa, vovó.

O jovem yordle abraça a figura de areia e ela se desfaz em seus braços.
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Mensagem por John Ter Mar 11, 2014 5:44 pm




Quando a última estátua de areia se desfaz, os grãos começam a retornar para dentro do sino, até desaparecerem por completo dentro do dispositivo sonoro. Os escolhidos ouvem doze badaladas em silêncio. Assim que tudo para, o homem caído no chão se levanta.

— Ugh. Me perdoem, tive uma crise. Não sou muito saudável, sabe – o homem já aparentava ter seus cinquenta anos e sua espessa barba castalha apresentava sinais de grisalho. – Bem, o que atrai vocês para a torre? Desejam conhecer a história da cidade? Pouca gente vem aqui, sabe? Ninguém mais se importa com a história de Urtistan. Eu sou o único que ainda escreve sobre a história cidade. Esses jovens de hoje em dia só querem saber de festas e arenas de luta em Shurima. E os turistas só vêm aqui pelo comércio. Se um dia eu morrer do nada - o que não é muito difícil devido à meus surtos psicológicos -, temo que a cidade seja esquecida para sempre.

Ruffos o observa maravilhado. Era como se o homem fosse completamente diferente do maluco que surtara na frente deles.
— Eu adoraria saber mais sobre a cidade, mas estamos um pouco com pressa... – revelou o yordle. O homem fez uma cara de desapontado assim que o ouviu. – Porém, adoraria saber se o senhor sabe algo sobre um altar mágico aqui na cidade.

O homem ficou confuso por alguns segundos, até que finalmente disse:
— Altar mágico? Não, não! A magia é proibida em Urtistan, vocês não sabiam? Nosso antigo governante baniu o uso de magia dentro da cidade, temendo que o poder sobrenatural pudesse corromper as mentes das pessoas. E eu acho isso mais do que correto. Há alguns anos um governante ao sul começou a mexer com magia e devastou seu reino, sabe. Hoje em dias chamam o lugar de Selva das Pragas. Uma terra amaldiçoada – conta, determinado a provar que a magia é algo errado. – Não acho que vocês encontrarão algum altar se quer ao sul da Grande Barreira. A magia é banida em quase todas as cidades daqui. Apenas em Shurima ainda se fala sobre magia abertamente.

— Eu vi mercadores vendendo artigos de magia arcana nas ruas – conta Ruffos. – Tem certeza sobre isso?
— Absoluta – afirma o homem. – É até incomum que vocês não tenham ouvido falar sobre isso. Contrabando de magia é crime aqui, sabiam? Se quiserem denunciar esses bandidos às autoridades, seria algo de grande utilidade para os cidadãos da cidade – o homem então coça sua barba, volta seus olhos rapidamente para as engrenagens do relógio e então se volta para eles. – Bem, boa sorte com a busca de vocês. Devo retornar minhas atividades – ele sorri, amigavelmente. – Meu nome é Zilean, se precisarem de alguma coisa, aqui estou eu – e pôs-se a voltar a monitorar o grande relógio.


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Mensagem por Bivi Ter Mar 11, 2014 5:54 pm



Rayne ouviu a explicação com um certo desinteresse. Não estava nem aí para Urtistan e Zilean não havia fornecido nenhuma informação útil. O seu humor não estava dos melhores agora que havia encarado um fantasma do passado.
Respirou fundo como um gesto de paciência e começou a falar.

— Quero saber como nós voltamos no tempo. Não podemos ficar presos aqui. — Disse.

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Mensagem por John Ter Mar 11, 2014 5:59 pm




O homem parou seus afazeres e se voltou para Rayne.

— Como assim voltar no tempo? – perguntou, claramente confuso. – O que quer dizer com isso?

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Mensagem por Hack Ter Mar 11, 2014 6:05 pm




Gisele continua agachada num canto chorando e soluçando, demorando para se acalmar. É apenas depois que o sino toca que ela se dá conta que toda a areia havia sumido e que o homem tinha recuperado a consciência; secando o rosto, a garota se levanta e ajeita o vestido, tentando prestar atenção no que o senhor dizia. Ainda trêmula e abalada por causa da estátua que tinha assumido a forma de sua mãe e tudo o que tinha acontecido, Gisele não consegue dizer nada, as cordas vocais doloridas de tanto chorar e falar.

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Mensagem por Bivi Ter Mar 11, 2014 6:08 pm



Ao ouvir a resposta de Zilean, Rayne se convenceu de que aquele homem seria inútil. Pelo menos por enquanto.

— Arrume esse relógio, talvez assim nós poderemos ser teleportados para outra época. — Dessa vez, o sarcasmo era claro no seu tom de voz. — Esquece.

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Mensagem por John Ter Mar 11, 2014 6:32 pm




O homem continuava confuso. Ruffos ouve o comentário ignorante de Rayne e tenta apaziguar a situação.

— Calma – pediu Ruffos. – Nos disseram que ele poderia ajudar. Senhor Zilean, você não saberia...

E então recomeçou. O homem começou a tremer e a flutuar no ar. Sua juventude foi sendo sugada até desaparecer por completo. No lugar do homem de meia-idade, um agora idoso Zilean surgira. Seus olhos piscavam irregularmente, um de cada vez.

— Vocês... Já faz centenas de anos! Como se atrevem voltar depois de tudo que fizeram! – grita Zilean, com uma voz esganiçada.

— Ok... Pode nos mandar de volta para nosso tempo? – perguntou Ruffos,
ignorando os comentários do homem,

— Sim. E jurem nunca mais colocar os pés na minha cidades! Moleques!!

O homem abre uma pequena bolsa que guardava pendurada em seu cinto e atira no chão, aos pés dos escolhidos. O saco explode, liberando uma espessa fumaça. Tossidas e espirros depois, eles se deparam com uma torre do relógio já assolada pelo tempo e abandonada.

— Vamos embora daqui! – ordena Kaliha, já impaciente.

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Mensagem por Bivi Ter Mar 11, 2014 6:39 pm



Rayne já não via a hora de sair do local. Zilean era claramente louco e isso de certa forma atrapalhava os planos do grupo.

— Sim, vamos. — Sem dizer mais nada, o pirata começou a andar em direção a saída.

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